Coisas que escrevi

Da newsletter, replicada aqui. 


Coisas que escrevi recentemente. Reflexões pessoais, textinhos aleatórios, frases sem compromisso. Coisas que escrevi.


Todas com cara de absurdo

Completamente atolada de tarefas. Na televisão de fundo tem uma mulher aos prantos porque o homem que a estuprou foi solto, ficou alguns meses na cadeia. Todas escutam com cara de absurdo. Completamente atolada de tarefas. Estou indo realizar o meu maior sonho nos próximos dias. Completamente atolada de tarefas. Ansiedade travando o corpo de um jeito que viro uma concha. Paro em frente à televisão. Todas com cara de absurdo. Fico ali presa uns minutos. Completamente atolada de tarefas. Medo de não dar tempo e fazer tudo, muitas frentes, entregas antes da ida, tarefas sobre o sonho. Ansiedade travando o corpo de um jeito que viro uma concha. Preciso levantar a cabeça, erguer o queixo feito gente metida. Fazer as tarefas com calma. Respirar fundo. Realizo meu maior sonho nos próximos dias. Sei que sou mulher. Todas com cara de absurdo. Ir sentir o sonho. Ir viver plenamente. Ir atrás de delícias. Enfrentar os malucos que nos enfrentam. Dizer aos dois misóginos recentes que aqui, não. Em mim, não. Em nenhuma de nós. Estou indo realizar meu sonho com todas elas. Todas com cara de absurdo.

 
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e você?

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(a vida é a gente indo atrás do que a gente quer, um monte de gente indo atrás do que quer. o mundo. o querer é um negócio doido, muito, móvel, mutável, muitas vezes não está onde estamos, muitas vezes não coincide com o querer do outro se o outro é o que queremos. o querer não se mede, não coincide exatamente nunca-nunca, é dinâmico-fluido e escapa, ops, vive dando pulos e a gente atrás dele, atrás dele, atrás dele)


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Pequenas grandes constatações da hora do almoço

Desconfio que nunca estive brilhando tanto. Sem medo, cheia de coragem, cheia de vida. Mais e mais imersa no melhor hábito que sempre tive de sempre querer melhorar minha própria vida. Finalmente consciente do meu brilho. Que me protejam das minhas inseguranças, das inseguranças alheias e que eu possa ser cada vez mais eu.


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Sempre testando formas novas de me expressar, fiz isso:



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Por fim, uma divulgação de trabalho.
Crítica do filme “Lispectorante”: Lispectorante: acionar a suspensão e lidar com o real

Em maio escrevi uma crítica do filme “Lispectorante” (2024), de Renata Pinheiro, para a plataforma Sara y Rosa. Segue um trecho como convite à leitura completa.

spoiler do fim do texto, sorry, mas é uma parte que gostei.


Obrigada por ler (e ouvir, dessa vez) as minhocas da minha cabeça. Em breve tem mais, em junho elas serão super-mega alimentadas. Não vejo a hora de significar tudo. É o que gosto de fazer.





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