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ciclo cinema e literatura - me chame pelo seu nome

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O grupo de pesquisa Mídia e Narrativa realiza neste semestre, junto ao curso de Cinema e Audiovisual, o ciclo “Cinema e Literatura”. Na atividade, serão debatidas adaptações fílmicas de obras literárias. As atividades serão sempre às quartas-feiras, de 13h30 às 17h, na sala Multimeios do prédio 13. O primeiro encontro aconteceu na última quarta-feira, dia 19 de março. Eu, Nanda Rossi, comentei como o livro “Me chame pelo seu nome”, de André Aciman, foi levado ao cinema por Luca Guadagnino. Coloquei livro e filme para conversar. No dia 23 de abril, Bruna Oliveira debate “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho”, de Bia Lessa, adaptado de “Grande sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa. E, no dia 14 de maio, Simone Moura e Zeca Lemos comentam a adaptação do livro “Ainda estou aqui”, de Marcelo Rubens Paiva, pelo cineasta Walter Salles. Eventualmente irei publicar o trabalho que originou essa aula e, claro, divulgo aqui. :)

notinha sobre a fernanda torres

Estava vendo a Fernanda Montenegro na televisão homenageando a filha, dizendo que ela e a nossa cultura atravessaram a Linha do Equador. Puxando Chico Buarque, ela disse que graças a Deus não existe pecado desse lado do Equador. Eu acho que é isso que faz a gente, eu acho que é isso que faz a Fernanda Torres. Não tem pecado, não tem barreira, tem é cinema e televisão, tem é "totalmente drogada" e "totalmente premiada", tem é loucura e elegância juntas ao mesmo tempo aqui agora abaixo da linha. Ultrapassando a linha. Borrando as linhas. Eu repito muito que quero cada vez mais viver uma vida mais artista. É um mote, é um meio. Uma vida mais artista é uma vida mais Fernanda, sabe? Uma vida slaps and kisses, os normais e golden globes. Uma vida mais artista é toda essa pulsão de vida que a gente sente hoje, essa vida aqui debaixo da Linha do Equador. 6 jan

que 2025 seja gostoso de viver como é gostoso de dizer

que 2025 seja gostoso de viver como é gostoso de dizer gosto muito de começo de ano o réveillon tem uma energia jovem energia que eu ando bebendo igual água fresca pra não enferrujar, como é minha tendência os primeiros meses do ano são os meses do corpo a gente canta Ivete Sangalo a gente beija na boca e comemora o meu aniversário nos primeiros meses do ano o trabalho não parece ser mais importante que os amigos coisas muito boas estranhamente me acontecem depois de setembro mas é nos primeiros meses nesses primeiros meses que eu sou uma grande festa 01 jan

eu quero escrever uma newsletter

Eu quero escrever uma newsletter. Quero escrever uma newsletter mensal. Quero publicar um livro de poesias. Quero organizar todas as minhas poesias desde pequetita e lançar um livro num ano bem redondo. Eu quero escrever a minha newsletter todo mês. Quero que você leia, quero que cada um vá receber uma dedicatória específica e cheia de enigmas. Quero falar de televisão, contos, fofocas possíveis, pensamentos doidões sobre gênero e bissexualidade. Quero morar mais no centro. Quero dates a cada uma semana ou duas. Quero ir comprar biscoitos e goiabada no mercado central. Quero ser professora universitária. Quero voltar a conversar nos meus idiomas. Quero ir pro Rio sair com uma menina e um menino de lá. Quero voltar à Itália. Quero mais que tudo voltar a me permitir dizer que meu maior sonho é voltar à Itália. Quero continuar do ponto que duramente alcancei de gostar de chamar atenção. Quero continuar crescendo vertiginosamente. Quero contar pra Nanda menina que ela não odeia mais chamar...

oh! to be 31, live alone and dance around the house

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  da madrugada:⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ são 02:47 de sexta pra sábado. me peguei rolando meu feed do instagram até bem mais embaixo, na época que eu tava me formando em cinema. nesse caminho nostálgico, eu encontrei muitos textos corajosos, abertos, explícitos sobre a minha saúde mental. fiquei impressionada. lembrei de tudo mais uma vez. como foi difícil viver os meus vinte. e como eu fiz coisas grandiosas, admiráveis pra idade e ainda vivi um tanto, mesmo doente e apavorada. como eu era lindamente vulnerável sobre o que pensava e sentia, como sempre fui assim. vi um texto em que eu falava que tremia o tempo todo que estava na rua. que o normal era isso. e era verdade. como eu era corajosa. braba mesmo de insistir na vida e de nunca ter tido medo de compartilhar nada com vocês. são 2h53 da sexta pro sábado, amanhã vou viver um monte porque meus quase trinta e dois andam sendo muito felizes, saudáveis, verdadeiramente tranquilos e em completa homenagem à nanda que fui aos vinte. ela, insistente, s...

escrever de um tudo

Eu vou parar de fingir que não quero escrever literatura, que não quero fazer ficção da minha vida, contar meus casos em contos, narrar meus acontecimentos nos mais diversos lugares dessa cidade, contar quando morei em outra, fabular em minha trajetória. Eu quero fazer meus artigos, quero fazer minha tese e quero ainda escrever um livro só sobre bissexualidade. Mas eu não posso mais fingir que não quero fazer dos homens personagens e das mulheres estrelas. Não posso mais fingir que não vou fazer poemas, pendurar as estrofes na parede, fazer literatura com o tempo. Outro dia conversei com um amigo sobre como não dá mais pra eu não admitir que sou fofa e afetuosa, que também não dá mais pra eu volta e meia duvidar da minha inteligência. Coisas que já superei. Começo a admitir que também não dá mais pra reprimir essa criatividade. Quero escrever de um tudo. Bom, ruim, excelente, péssimo. Quero me autorizar a fazer.  setembro de 2024

mulher das artes

Hoje acordei toda alegrinha porque ontem estudei até a mente derreter. Hoje minha psicóloga disse que eu sou uma mullher das artes. Eu sou. Sentei aqui no café e fiquei muito feliz com a playlist. Só música que eu gosto. Tava tocando uma que eu ando amando, que diz que words can only do harm. Discordo dessa parte. Palavras me fazem engolir mais palavras. Que prazer a literatura. Eu quero explorar o que o texto diz, eu quero explorar o que dizem do texto, eu quero dizer do texto e do que dizem do texto e eu quero dizer os meus próprios textos. Eu tinha esquecido como a Letras me faz escrever. Mais arte me faz mais artista. Mulher das artes. Hoje tomei um belo corte na análise, respondendo a uma pergunta sobre meu pai. O movimento da psicanálise de desvendar os sentidos da linguagem me lembra que faço tarefas semelhantes na sala de aula e ali na sessão. Analiso palavras. Tenho uma guia para os meus raciocínios nos dois espaços e sei que essas são das coisas que mais amo fazer. Eu achava ...